sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Acordei meio assustada.

Ontem foi a festa de quinze anos do meu irmão, gente! Éééé e isso significa que eu faltei a aula de biologia hoje (botânica pra quê?) e acordei excepcionalmente tarde. Era 12:26 quando eu abri meus olhos decidida a almoçar e ir direto pro Call. Capenguei direto pro banheiro pra fazer o meu xixi matinal que é exatamente a primeira coisa que eu faço quando saio da cama. Antes mesmo de colocar meus olhos (pros que não sabem, eu uso lentes de contato porque me recuso a usar um óculos de seis graus).

Então Gabi está lá. Sonolenta. Indefesa. Sem pilhas. Quando ela houve o barulho de alguma coisa se agitando atrás do vaso. Antes que eu pudesse imaginar o que era um ser não identificado corre para a porta do banheiro. Um bicho. Enorme. Do tamanho da palma da minha mão. Eu fiz a primeira coisa que eu faço quando vejo (com seis graus de miopia) um bicho: gritei o primeiro nome masculino que me veio à cabeça.

"MATHEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEUS!!!!!!!!!!!"

E variações, claro.

"SOCOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORROOOO!!!!!!"

Gente, eu nunca me senti tão injustiçada na minha vida. Como é que aquele troço entra no meu banheiro e invade a minha privacidade pra me impedir de fazer o meu xixi matinal?! Eu queria tanto, porra! É pedir muito? Fazer xixi é pedir muito?!

É?!

E se fosse uma barata mutante? Dizem que as baratas são mutantes, né? Elas sobreviveriam a uma explosão nuclear. E se fosse uma aranha? Merda, o filho da puta tava escondido e minha visão estava prejudicada. Eu jamais conseguiria ver as patinhas.

Ai, meu Deus. E se fosse um rato? Uma merda de rato higiênico que decidiu mijar na minha privada?! AH, NÃO. EU PEGUEI LEPTOSPIROSE. Ou seja lá o nome da doença do xixi dessas coisas.

Fechei a porta do boxe e chorei, gritei, esperneei. Eu queria fazer xixi, queria tomar banho, queria destrancar a porta que eu sabiamente havia trancado pra que alguém viesse e tirasse aquela coisa de perto de mim e do meu banheiro lindo! É nessa hora que Matheus sobe na janela acima de mim e fala pra eu me apoiar na privada e abrir a tranca. A minha resposta, claro, foi a mais sensata.

"Nããããããão! Eu não consigooooooo (choro)"

Er... A minha segunda resposta foi mais sensata.

"T..Tá. snif snif."

Foi então que eu, num ato de coragem desmedida me apoiei na privada (quase urinando de emoção) e destranquei a merda da porta. O porteiro veio e espantou o bicho. Descobri que era uma largatixa o que me levou a pensar no quanto a minha visão é comprometida porque eu não vi o rabo da danada de jeito nenhum. Enfim.

Liberdade! Finalmente li-ber-da-de!

Minha vontade de fazer xixi tinha passado completamente.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Auto-ajuda para brasileiras.

Devo admitir que meu dia hoje não foi nada inspirador, mas assim que coloquei meus pezinhos em casa entrei em contato com um desejo intenso de vestir minha melhor camisola, deitar na cama e soltar meus dedos pelas teclas no computador.
É, hoje eu to poética, vão à merda.
Enfim, meu dia foi básico. Muito básico: cursinho, almoço, cursinho, Bia, casa. E aqui estou pensando que a coisa mais interessante que eu tenho para falar pra vocês é sobre o novo livro que eu estou lendo, de Lauren Weinsberger. Com vocês a mais nova, moderna e sutil obra de auto-ajuda para brasileiras dos últimos tempos!
Se você, gata linda e intensa tem alguma dúvida de que pode ser sexy pelo simples fato de você ser brasileira, leia! E se não quiser spoilers, pare de fuçar isto aqui. Ainda não terminei de ler, mas não me responsabilizo por nenhuma informação indesejada.
Resumo da ópera: história sobre três amigas com problemas no campo amoroso que decidem mudar radicalmente suas vidas. Na verdade não vi nada de muito radical porque são mais de duzentas páginas até que a cu mole da Leigh decida terminar com o namorado açucarado dela, mas enfim. O ponto é que uma dessas protagonistas é uma brasileira gostosa, filha de top model, super rica e que não faz nada o dia inteiro.
O livro é um verdadeiro elogio a nós que nascemos nesse país lindo. Por vezes li frases do tipo: "Adriana, com seu sotaque lindo e sexy (...)". E até mesmo declarações mais abertas como esta fala da dita cuja: "Claro que sou segura. Eu sou brasileira. Conheço homens. Conheço sexo".
Não sei de onde ela tirou essa idéia já que eu, por exemplo sou insegura com minha aparência, meu jeito, minhas notas, tudo... E até hoje o fato de eu ter nascido no Brasil não facilitou em nada, mas né? É óbvio que estamos falando de uma visão um tanto deturpada que os gringos fazem da gente e, devo confessar, a maneira como a personagem tenta atrair a atenção dos outros é um pouco deprimente. Mas não deixei de me sentir poderosa e linda por causa disso! Brasil isso, Brasil aquilo! Oras, se até João Gilberto é citado. A escritora Lauren é, no mínimo, uma grande admiradora nossa contribuindo, de uma forma geral, para destruir a imagem de que convivemos pacificamente com macacos e mato (vide algum espisódio dos Simpsons).
E é isso, gente. Leiam se quiserem algo leve e fácil de interpretar. E estou de greve até que alguém faça a caridade de comentar nesse post nem que seja pra dizer que eu não tenho mais assunto pra postar nesse blog.

Beijos!