terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Um post sério para um assunto sério.

Me deparei com um post em um blog de moda local que falava da ditadura da magreza nos dias de hoje. Mostrava uma página de revista com uma foto enorme de uma atriz de biquíni e as informações básicas dela na lateral da página. O foco era a discrepância entre altura e peso. E realmente... 50kg não são exatamente o suficiente pra 1,73m. Entretanto, procurei não julgar a pobre atriz e os motivos vocês vão ver quais são a medida que o texto for se desenrolando.

Hoje em dia todo mundo diz que todo mundo quer ser magro e esbelto e é isso aí, mas eu discordo. Reconheço a pressão enorme que as mulheres sofrem para perder peso sempre e a qualquer custo, mas o que eu enxergo realmente é uma sociedade louca, não necessariamente por magreza, mas pelo corpo que não têm.

Eu sempre fui uma criança muito magra, odiava comer a chamada "comida de panela". E cresci ouvindo críticas de todas as minhas tias. Coisas do tipo "coma direito, menina, você parece um cambito" ou "tá doente, querida, anda tão magrinha...". Eu lembro que eu realmente me esforçava pra gostar de feijão, arroz e carne. Eu só queria engordar um pouco, queria que os relógios de pulso coubessem no meu braço e não chegassem quase até meu cotovelo! Eu queria o corpo que eu não tinha. Minha sábia mãe não me deixava tomar remédios para engordar porque ela me dizia que "no tempo certo meu corpo iria mudar".

Certa ela, aos doze anos eu comecei a engordar e aos treze eu já era considerada "gordinha". Aos quatorze eu percebi, descontente, que havia exagerado um pouco na minha idéia de engordar. Talvez eu devesse entrar numa dieta e tentar emagrecer. Porque não? Começou a corrida contra a balança que eu tanto passei a odiar. Porque eu havia engordado?! Porque eu não poderia voltar a ser como era antes? Magrinha, uma tábua, retinha. Porque as mesmas tias que me diziam pra comer direito agora passavam a mão na minha cabeça e comentavam "cresceu, hem? Tá fortinha" ou "você engordou, querida?".

Decidam-se, porra.

O ponto é: o desgosto que eu sentia por ser considerada gordinha na adolescência é exatamente o mesmo que eu sentia quando era considera magricela na infância. Doía ser chamada de "gorda" como doía ser chamada de "magricela". Em qual parte da minha vida eu fui realmente feliz com meu corpo? Nenhuma. As pessoas não conseguem deixar de perseguir esse ideal ridículo que muitas vezes só existe em suas próprias cabeças. Eu bem observei amigas minhas seguirem o caminho inverso: passarem de gordinhas à magrinhas e olha, que falta de sorte a nossa, viu? Nem eu nem elas estávamos satisfeitas. Puta mundo injusto e exigente.

Claro que desde a era Twiggy as magrinhas conquistaram seu espaço no mundo da moda e hoje são soberanas nas passarelas, por exemplo. Não devemos esquecer, entretanto, que a über diva de todas as divas de todos os tempos (na minha humilde opinião) Miss Marilyn Monroe vestia manequim QUARENTA.

Quantas mocinhas que vestem quarenta você conhece que não se acham gordas?

É uma questão pura e simples de se sentir confortável com o corpo que tem. Continuo com minha crença inabalável de que, na maioria das vezes, quando a roupa não lhe favorece a culpa é do estilista! Ficou folgado no busto? Não é culpa sua que não tem peitos grandes é culpa de quem fez. Tá marcando o pneuzinho? Você não está acima do peso, o caimento da roupa que não é legal. É lógico que o mínimo de discernimento ajuda e que existem modelos de roupas que caem melhor em certos tipos de corpo, mas na maioria das vezes a culpa não é nossa.

A Levi's criou recentemente calças jeans que favorecem diferentes tipos de corpo. Ótimo! Isso só serve pra mostrar o quanto nós, mulheres, somos diferentes umas das outras e essas diferenças devem ser respeitadas no mundo da moda. Quem dera existissem modelos de várias alturas, pesos e corpos diferentes desfilando por aí afora... Porque às vezes me sinto perdida no meio daquele monte de mulheres esquálidas vestindo as roupas feitas para mulheres comuns. Não estou dizendo que as modelos não devem ser magérrimas porque algumas mulheres são magrinhas porque são mesmo. (Elas não são anoréxicas, sabem? Nem toda modelo sofre distúrbios alimentares só porque tem um IMC abaixo da média. Por sinal, AO DIABO com esse Índice de Massa Corpórea que não mede saúde nem aqui nem na china, já dizia minha nutricionista.)

Apenas acho que cada mulher deve ter o corpo que ela quiser de acordo com a genética que lhe foi fornecida. E de acordo com padrões de saúde aceitáveis. Uma passarela mista, ou seja, com modelos de diferentes estaturas e pesos, ofereceria espaço para uma maior diversificação dos modelos de beleza existentes. E devemos lembrar sempre que gosto é gosto e isso não se discute. Eu acho Marilyn Monroe linda, você pode achar a Audrey Hepburn mais bonita e alguns podem achar a Beth Ditto ou a Helena Bohan-Carter ideais de beleza a serem seguidos.

Acho também que hoje em dia as mulheres estão cada vez mais frágeis. Perdemos um pouco a força que costumávamos ter. Eu não concordo com tudo o que o movimento feminista prega hoje em dia,(sou até um pouco machista, na verdade) mas me pergunto onde foi parar a coragem de bater o pé e dizer: eu mereço votar, eu mereço trabalhar, eu mereço ganhar meu próprio dinheiro e ter filhos sozinha se eu quiser?

Eu mereço ter a porra do corpo que eu QUISER ter, oras mas que coisa. Eu não sou manipulável e entendo meus limites. Se sou alta demais não preciso me curvar toda e desenvolver um problema de postura; se sou baixa demais não preciso me obrigar a ficar equilibrada em um salto quinze. E por aí vai. Eu sei que disse que a idéia de passarelas mistas é ótima, mas uma mulher precisa, antes de tudo, saber que não é só porque modelos são todas magras que você precisa ser também.

É uma mistura de tudo que precisa ser reavaliado, mas se a mudança começar em nós mesmas a coisa fica mais fácil. Eu lembro que vivia de dieta e reclamava que estava gorda há uma semana atrás, mas quer saber? Parei. Preciso sim melhorar meus hábitos alimentares, mas não necessariamente porque vou engordar ou coisa do tipo... Porque minha família tem histórico de diabetes e eu não quero terminar espetando minha perna todos os dias com doses de insulina. Não sou plenamente feliz com meu corpo, faço parte das mulheres com cabeça frágil que não são totalmente seguras de si, mas que atire a primeira pedra quem não é assim. Espero que com trinta anos eu seja uma arquiteta poderosa e elegante com meus 50/54 quilinhos de sempre. Não espero ser mais alta e já me conformei com isso, uso salto, mas não aqueles que acabam com meu pé no dia seguinte. E essa sou eu.

E essa é a minha vida : )

segunda-feira, 1 de março de 2010

Um chuveiro quebrado, uma empregada meio doida

Comecei o dia bem não. Segunda feira é uma merda, um cu. Acordei de meio-dia, com aquela sensação ruim de quem dormiu demais e descansou de menos. Acordei sabendo que não tinha nada pra fazer além do maldito curso de inglês. Antes que perguntem: é, melhorou um bocado. Apesar de me sentir uma velha no meio daquele monte de sub-15. Tenso.

Tomei um banho, fui pro notebook e a ÚNICA coisa legal que tinha era um vídeo novo de PC Siqueira. Fim. Cinco minutos de felicidade, pronto (y)

To eu aqui, quietinha, curtindo a vibe. Quando a empregada chega pra mim com uma torneira na mão. Ela diz que quebrou, que eu não posso mais tomar banho no meu banheiro porque tá alagando tudo e fica lá parada esperando sabe-se-lá-o-quê. Vai ver ela acha que eu levo mó jeito pra consertar essas coisas. Pois bem, não levo. Não levo jeito pra fazer nada que exija esforço físico. E ela fica lá, parada, me olhando. Esperando alguma reação minha.

Eu sempre achei ela meio perturbada. Às vezes eu to no banheiro arrumando meu cabelo, fazendo com que ele fique natural e ela meio que para e fica me olhando.

Ela não tá fazendo NADA. Ela só tá me olhando. Parece um tipo de teste, sabe? Parece que ela quer ver até onde eu aguento fazer alguma coisa sabendo que estou sendo observada. É assustador. E daí eu começo a me atrapalhar, a queimar um dedo na chapinha, a deixar cair o secador. E ela lá, parada, me olhando. Até o momento em que eu não aguento mais e me viro pra ela e dou um sorrisinho como quem diz: suma-da-minha-frente-AGORA.

E aí ela sai. QUER DIZER.

Tava ali pra quê? Pra me desconcentrar? Pra aprender alguma dica de beleza? Pra me irritar?! WTFFFFF. Aí quando ela exibiu a torneira agora a pouco, com uma expressão triunfante, esperando a minha reação eu fiz uma cara preocupada e passei a mão na nuca. Sim, eu estou PUTA DA VIDA.

Aí ela RIU.

Eu me controlei, juro. Me controlei pra não avançar em cima do pescoço dela. Isso é falta de amor no coração. Rir das desgraças dos outros, srsly.

Mas fiquei aqui. Pra despejar toda a minha raiva nesse post e esperar que alguém consiga entender como eu estou com raiva do dia de hoje.

Amanhã vai ser melhor. Amanhã vou acordar devidamente descansada; amanhã vou comer o sushi mais delicioso da minha vida; amanhã vou ter perdido três quilos; amanhã vai me bater uma inspiração pra fazer um post DECENTE pra esse blog.

Beijos :*

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Porque eu amo meu irmão e minha querida mãe sem-moral.

A cena é clássica para qualquer família brasileira de classe média que segue uma rotina. Café da tarde em família, acompanhado de um bolo. Estou na mesa com minha mamãe linda conversando sobre o dia cansativo. Passei uma tarde inteira entre computador, comida e televisão. Suei.

Mãe: Não acredito que seu irmão deixou aquela porcaria de bicicleta no sol de novo. Eu ainda nem terminei de pagar o conserto!

Ainda tento entender como três horas de exposição ao sol seriam prejudiciais a uma bicicleta. Mas recolho-me à minha insignificância de não saber absolutamente nada sobre o assunto. Fiquei calada e o celular dela tocou. Ela olhou para a tela posicionando-a um pouco mais longe.

Mãe: Olhaí! Falou no diabo.

"O diabo" = Meu irmão.

Mãe: HM!

"Hm" = Substituto impaciente para "Alô".

Matheus provavelmente não entendeu o resmungo e pediu uma repetição. Eu comecei a prestar atenção na conversa e conseguia ouvir a voz dele do outro lado da linha. Eis um relato fiel:

Mãe: O que é? Olhe, porque você deixou a bicicleta no sol outra vez?! Eu ainda não terminei de pagar o conserto, Matheus!

Matheus: Mãe, deixa eu ir jogar bola hoje?

Mãe: Se você estudar. É, deixo. SE VOCÊ ESTUDAR. Aliás, você estudou ONTEM?

Matheus: Estudei, mãe.

Ela olha pra mim. Eu sacudo as mãos como quem diz "sob-hipotese-nenhuma-ele-estudou" e depois faço um gesto com as mãos que indicam que ele ficou no computador. (O que eu poderia fazer?! Prejudicar o futuro acadêmico do meu irmão querido mentindo?! Claro que não!) Mamãe finge que usou sua intuição para saber disso e retoma a conversa.

Mãe: Não. Você não estudou.

Matheus: M...

Mãe: Não estudou! Eu SEI que você não estudou, Matheus. Agora... Pode ir. Mas você vai começar a levar a escola a sério, entendeu?

Matheus: Tá, mãe, tchau. Te amo.

Mãe: E vai guardar a bicicleta direito.

Matheus: Tá. Te amo, mãe.

Mãe: E vai me ligar dizendo a hora que você vai chegar em casa e com quem você vai chegar em casa e...

Matheus: Tá. Te amo, mãe.

Ela vacila. Meio hesitante, responde.

Mãe: Er... Também te amo, filho.

Eu explodo em risadas. Mamãe não se aguenta, gargalha bastante. QUER DIZER, depois de toda a bronca recebida ele ainda consegue derreter o coração dela desse jeito. E em menos tempo do que eu, na idade dele. ESSE é o meu irmão e ESSA é a nossa querida mãe <3

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Oi, sou responsável!

Nem ia postar hoje, sabem? Então considerem isso como um post de "estou-dando-notícias-para-não-acharem-que-morri"!

Ultimamente minha vida tem sido só comer, dormir e sair. E comer eu como... Mal :/ Ok, não me matem, amigas, mas eu realmente vim dando uma de anoréxica esses dias. Mas é como eu já disse, o calor me faz perder o apetite! É inevitável.

Não vou dizer que eu já sei no que tudo isso deu, tenho que pegar os exames de hoje pra saber. Mas só de lembrar o tanto de doritos, refrigerante e massa que eu comi eu sinto um arrepio. Tudo bem que durante essa última semana eu to comendo decentemente, mas ainda assim fico preocupada. Principalmente porque eu já li tudo o que eles falam sobre diabetes aí pela internet afora. Eu posso ficar cega! Não que eu tenha muita visão pra perder ainda, mas quão assustador é isso? Só que eu sei que ainda não sou diabética porque não tem uma colônia de formigas andando pelo meu vaso sanitário. UAHSUAHSAUSH

De qualquer forma, essa minha vida de sair o tempo todo vai acabar em breve. Continuo achando muito injusto ter perdido os oito meses de férias vidaloca de Ingryd e Maria - quando elas passaram no vestibular, ano passado. É muito chato ter que curtir esse tempo todo sozinha. Mas a chave talvez seja ocupar esse tempo com coisas úteis, porém divertidas. Não que a auto-escola esteja incluída nisso. Mas eu penso em entrar pro ateliê e aprender a desenhar alguma coisa que nao sejam bonequinhas. Talvez fazer corte e costura... Alguma atividade física já é certo. Segundas e quartas pela manhã... Vai ser um martírio! Mas talvez eu me acostume e fique toda gostosona como eu sempre sonhei! E já é certo que eu vou fazer inglês... Ah, o inglês.

Tudo bem que eu passei dois anos parada. Tudo bem que eu nunca fui nenhum prodígio nessa língua. Tudo bem que eu não treinei conversação nem escutei e aprendi uma música por dia como eu tinha planejado. Mas repetir estágio? Misericórdia! Vou ter que fazer de novo o Upper 1, coisa que nao agradou em nada a minha mamãe linda.

"Isso é estratéééégia pra ganhar dinheeeeeeeeeeiro! Ela não já passou do estágio? Então pronto!"

Adoro minha mãe querendo dizer que não. Eu não sou burra de ter que repetir o estágio. Os donos do curso é que são capitalistas selvagens que querem por a mão no dinheiro suado da nossa família. Porque um semestre a mais faz uma diferença enorme na vida deles e esse era o plano maligno da empresa o tempo todo.

Mas tudo bem, já me adaptei a idéia. Vou estudar numa sala diferente, onde provavelmente não vão ter pessoas com as quais eu possa fazer amizade, mas tudo bem. Talvez eu me surpreenda. Até porque, na minha antiga turma eu fiz amizade até com uma freira da Congregação das Filhas do Amor Divino - lá do Neves - e a gente conversava pra caramba. Nem preciso dizer que era muito fofo vê-la tentando aprender inglês. E galera, ela podia ser uma velha acomodada que por estar no "fim da vida" não quisesse mais aprender nada. Mas não. Ela era um doce.

Se bem que esse conceito de "fim da vida" é meio relativo. Tenho uma avó que diz que tá nessa fase há uns dez anos. É a idosa mais saudável que eu conheço.

Estranho eu me importar de estudar os dois anos que restam do curso de inglês com gente desconhecida e não reclamar do pessoal do curso de arquitetura, com os quais eu vou ter um convívio de cinco anos. Acontece que eles são super legais! E muitos eu já conhecia porque faziam cursinho comigo. É aquilo que eu disse, acho que Deus deve ter feito a coisa certa. Talvez eu aprenda mais tendo passado no meu segundo vestibular. Talvez eu não gostasse muito da minha turma. Opa, minto. Tá aí Lele, Maria e Mariana pra me provarem o contrário, né?

Pronto, já escrevi demaaais aqui pra quem não pretendia escrever nada! Eu devo falar com vocês quando as aulas do inglês começarem e pra extravasar meu desgosto quando acordar pela manhã na segunda feira tendo que ir pra ginástica.

Somebody kill me. AUHSAUSHAUHSAUHSAUSHAUHUSH :*

domingo, 24 de janeiro de 2010

Acordei um zumbi.

Só dormi quatro horas. Ontem foi incrível. Esses dias estão sendo incríveis. Está tudo lindo, tudo rosa, tudo azul, tudo nas cores da felicidade. E é essa a razão por eu andar toda sumidinha. Não é na merda que a gente se inspira? Pois então: to tão longe da merda. Já nem sinto mais sombra desse odor que esteve presente durante o longo ano de 2009.

EU TO FELIIIIIIIIIIIIIIIZ, êêêêêêêêê!

Daí eu sumi. Mas como diria minha amiga Barbara... O dia de ontem renderia um ótimo post por ter sido totalmente inusitado. Acordei meio mortinha, na verdade. Sooono me possuindo. Mas aí Dio me convidou pra ir com ele buscar Lilly e Alice (minha cunhada e a amiga linda dela, respectivamente) em Búzios, ou sei lá que praia era aquela. Fomos os cinco (eu, ele, Barb, Alice, Lilly) comer um pastel que a gente sempre quis comer a séculos. Só que nunca dava certo. Talvez porque a gente sempre teimasse em pedir isso quando estávamos rodando por Petrópolis, mas né? Um detalhe. Que é que custa sair da cidade pra comer um pastel tão bom. Um pastel three flavors. Custa nada.

No meio disso tudo ocorreu um "pequeno" probleminha. A gente atropelou uma mulher. Haha. Ok, ATROPELAR é uma palavra forte porque a gente logo imagina uma pessoa capotando por cima do carro e caindo com a cabeça sangrando e pessoas ao redor, enfim. Não foi desse jeito. A gente vinha passando por aquelas ruas estreitinhas, perto do cajueiro, eu acho. E simplesmente tinha uma mulher com o pé na pista. Quando estávamos com dois metros de distância ela toma a atitude sensata de atravessar a rua sem olhar. E esticando o braço. Adorei que o carro bateu nela, confesso. Gente burra? É pra se foder mesmo. E além do mais ela já tava velha, no fim da vida. Antes bater nela do que bater em outro carro e foder com o veículo que, na certa, tem mais anos úteis do que ela. Sabe como é, de repente tu pensa que tá bem e por dentro você já nem existe mais. Complicado.

O mais bizarro disso foi que a gente desceu do carro e ninguém ali percebeu que tínhamos sido nós as pessoas do carro. Quando a gente chegou pra perguntar se ela tava bem teve gente que chegou pra gente falando "esses motoristas doidos de hoje..." Barbara deu um parecer de como essa história seria contada possivelmente num círculo de senhoras fofoqueiras em suas cadeiras de plástico em frente a casa da """"vítima"""". Era mais ou menos: "minha filha, não se pode mais confiar em nada. Tu acredita que eu tava na CALÇADA e uma vez o carro subiiiiu SÓ pra passar por cima do meu pé e bater no meu braço flácido?!"

Um relato fiel.

Onde é que eu tava mesmo? Ah, sim! Comemos o pastel com todos os seus vinte e cinco centímetros de magnetude (pausa pra invejinha de vocês) e ficamos cheios e fomos pra casa de Dionisio e Lilly.

Foi aí que Ingryd me ligou. Mais ou menos quando Barb estava tentando me convencer a fazer uma fazendinha e Lilly tava olhando fotos de tatuagens babando na tela do notebook.

(Abro agora parênteses de leitura totalmente opcional SÓ pra deixar BEM claro o porquê da minha resistência em brincar desse joguinho do facebook, farmville. Minha gente, todo mundo sabe que eu sou fresca como sereia saindo do mar. Simplesmente não concebo a idéia de brincar de trabalhar! É por isso que eu só jogo com adolescentes no The Sims, por isso que não jogo coisas como War (guerra é um tipo de trabalho e se não for, de qualquer forma, não curto guerras) ou aqueles jogos nos quais você tem que administrar uma cidade inteira. Galera... Não. Se fosse um jogo onde você construísse seu próprio shopping ou fizesse sua própria marca de roupas, maquiagem... Seria mais interessante. Acordar de não sei que horas pra colher os morangos maduros e vender e comprar mais coisas e tirar leite (de morango!) da vaca rosa e etc. Er... Não. Mas minha amiga Barb, nem tudo está perdido pra você. Deus sabe como eu sou flexível e como eu posso sempre abrir exceções. Sou um poço de bondade, amém.)

Então Ingryd me liga. Diz que quer sair hoje e a gente fica com aquela idéia fixa de ir pro Sgt. Peppers de Petrópolis. Porééém quando a gente chega lá descobre que não estão permitindo a entrada de menores e Lilly é menor. Sad. Mas nunca tem problema pra gente. Sempre otimistas nós decidimos ir pro Gringo's. Só que começou uma chuva chata e o local era meio aberto demais e apertado demais além de tá cheirando um pouco... Mal. Mais uma vez nós entramos no carro pra decidir qual seria o nosso destino. O Sgt. de Ponta Negra tinha aparecido na conversa anteriormente, mas só que quando a gente foi tava um calor dos infernos e o atendimento tava um cu porque o bar era novo. Mesmo assim, a gente decidiu dar aquela chance pro estabelecimento. Só tinha gente de Deus naquele carro abençoado. Especialmente Dionisio. UAHSAUHSAUHSAS.

Qual não foi a nossa suspresa quando demos de cara com um ambiente MEGA climatizado, dessa vez com tudo o que tinha no cardápio e uma banda incrível tocando. Ai, gente, SONHO. Fiquei até com frio lá. FRIO, gente. Em NATAL. Podem rir agora. Mas eu garanto que não é piada!
Além de ter um garçom lá com uma vibe meio Jack Sparrow que, vou te contar, era quase tão bonito quanto o meu namorado. E olhe que isso é difícil <3

Acabou que a gente conheceu um dos caras da banda, conversamos e ele é super legal. Ficou encantado como pessoas tão jovens conheciam e gostavam de Beatles, ABB, Pink Floyd, Jimi Hendrix... Agora que a gente sabe que lá é um ótimo lugar pra tudo (beber, comer, dançar) voltaremos de novo, dia 30. Possivelmente um novo post pode surgir nessa semana...

Foi a maior prova que uma noite pode começar mal e acabar suuuuuuuuuper bem!
E eu vejo vocês na próxima, beijinhos :*

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Acordei meio nervosa/feliz/consciente

Galera, acho que boa parte de vocês já sabem que eu passei no vestibular MUITO FELIZ, êêêêê! Acordei uma pilha de nervos, tipo, micagando mesmo. Mas graças a Deus, aos meus amigos, a minha família, professores e a MIM, lógico... Deu tudo certo!

Eu me lembro que prometi a mim mesma que por mais que eu tivesse passado no vestibular eu não ia deixar certos valores de lado. Acho que eu desenvolvi isso porque né? Eu não consegui passar em 2009. E poucas pessoas sabem como isso me doeu. Não é pelo simples fato de querer estar na universidade. É porque todos os seus amigos (no meu caso foram, tipo, TODOS mesmo) estão vivendo um momento e você não está nele.

Ei, você sabe o quanto é ruim ir pra um churrasco de aprovação de alguém sem ter passado? Pouca gente sabe. Mas né? Eu sei.

Um professor meu me falou esse ano que comemorar todo mundo sabe. Mas se compadecer é pra poucos. É muito fácil chegar no seu antigo colégio e abraçar e rodopiar e se melecar e gritar com todo mundo. É tão fácil sorrir, chorar de alegria. É tão fácil ser alegre! Alguém algum dia já reclamou disso?

Difícil é você se conter em meio a euforia de ser aprovado em prol de um amigo. Difícil é evitar o jargão "ih, foi mal, a minha é federal" quando nos achamos tão cheios de si, tão superiores e invencíveis. Difícil é abraçar um amigo que chora e falar algo que o faça sentir melhor. Porque na maioria das vezes esse consolo é impossível.

O que me custa levar as coisas de forma menos estabanada? O que me custa evitar jogar na cara de quem tá mal o quanto eu estou bem? O que me custa não fazer da minha aprovação um incômodo para outros? Na maioria das vezes a gente não percebe o quanto prejudica. O amigo se faz de forte, diz que já esperava o resultado negativo. Ele não quer atrapalhar a sua felicidade. Então não atrapalhe a tristeza dele. Fique na sua, espere que ele venha falar com você; que ele te dê uma brecha.

Se teve algo que eu aprendi em meio a um ano tão duro como 2009 foi isso que eu acabei de lhes dizer. Eu não quero dizer que vou ficar triste o tempo inteiro porque algum amigo meu não obteve sucesso total esse ano. Estou dizendo que existem pessoas com as quais você pode comemorar e extravasar todo esse sentimento de alegria: com aquelas pessoas que estão alegres também! Me sinto muito bem fazendo isso. É. Super a minha cara :D

De resto, MUITO OBRIGADA pela torcida de todos. Estou muuuuito feliz DE VERDADE :D Aos que não passaram, por favor, não desanimem. Façam o que tiverem vontade: tentar de novo ou pagar uma particular, não importa. Você que faz o seu futuro e ponto final.

Beijos!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Acordei meio sincera.

Lista de coisas que eu não deveria jamais e em momento algum contar para alguém, mas que quase todos os meus amigos já sabem:

1) Eu gosto muito, pra valer de um anime chamado Inu Yasha. Quando eu tinha onze anos e morava com meu avô minha maior alegria era quando dava seis horas e o desenho começava no Cartoon Network. O pior vem agora: eu tinha sonhos com os personagens do desenho. Sonhos românticos. Além de ter, até hoje, uma vontade secreta de fazer um cosplay bem irado da Kagome. Porque na minha cabeça eu sou a reencarnação dela no século XXI;

2) Eu tenho uma fascinação por brinquedinhos. Quando eu vejo alguma Barbie realmente linda e perfeita eu fico com vontade de comprar! Na minha viagem à Disney eu gastei quarenta dólares em bonecas princesas. E não me arrependo. Semana passada eu fiz meu namorado comprar um pirulito ridículo das meninas super poderosas pra mim. O troço piscava. E ontem mesmo eu tava no supermercado com ele e vi um outro pirulito da Sininho, bem lindo. Ele me levou embora antes que eu tivesse tempo de protestar;

3) Ai, este é terrível. Ainda no supermercado eu dei de cara com um dos maiores pesadelos da moda atual: crocs. Pros desinformados, segue a imagem...


Sim, eu sei. Desastroso. Ridículo. Completamente contra todo o bom senso que já inventaram. Eu jurei que JAMAIS usaria tamanha barbaridade. Para o meu azar, Dionisio resolver provar algumas. E eu, influenciável como sou fui na onda dele. E, meu Deus. MEU DEUS. A sandália idiota é mais confortável do que qualquer um dos meus quinze pares de havaianas originais. Eu não sei descrever. Eu precisava de um espelho naquela hora pra me lembrar o quanto aquelas cores não combinam com o meu tom de pele, ou o quanto eu desprezo o design porco e nada bonito dessas... Crocs. O espelho não veio. Em seu lugar havia um namorado filho duma mãe bradando: "hahaha, achou bom, Gabrielle? Isso eu compro pra você de aniversário no lugar daqueles sapatos schultz. Que acha?"

4) De vez em quando eu me pego pensando: "cara, e se não existisse, tipo assim, nada? E se o mundo não existisse, nem as estrelas... E se não houvesse universo? E se a gente não existir? Eita porra, eu existo?!" Vocês já conseguem imaginar então como eu fiquei quando terminei de ler O Mundo de Sofia, né? Se eu tivesse um pouquinho mais de interesse em filosofia, pode crer, eu seria louca.

Bom, gente, é isso. Esses são alguns dos meus maiores segredos. Claro que em alguns eu exagerei, né? Tipo, Dionisio não desconfiava até ler isso que o sapato que eu queria era da schultz (dicaaaaaaaaa!). E eu também não acredito ser a reencarnação de Kagome.

É sério! Eu não acredito.

Tá?!

Agora chega de escrever porque eu realmente preciso caçar algo na cozinha ou eu morro de fome. Se bem que eu não faço planos de comer tanto. Ontem eu me pesei e estava com 53,5 quilinhos. Se eu continuar nesse ritmo antes do natal eu conseguirei voltar aos tão sonhados 50 quilos *-*

Boa semana pra vocês!