terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Acordei meio sincera.

Lista de coisas que eu não deveria jamais e em momento algum contar para alguém, mas que quase todos os meus amigos já sabem:

1) Eu gosto muito, pra valer de um anime chamado Inu Yasha. Quando eu tinha onze anos e morava com meu avô minha maior alegria era quando dava seis horas e o desenho começava no Cartoon Network. O pior vem agora: eu tinha sonhos com os personagens do desenho. Sonhos românticos. Além de ter, até hoje, uma vontade secreta de fazer um cosplay bem irado da Kagome. Porque na minha cabeça eu sou a reencarnação dela no século XXI;

2) Eu tenho uma fascinação por brinquedinhos. Quando eu vejo alguma Barbie realmente linda e perfeita eu fico com vontade de comprar! Na minha viagem à Disney eu gastei quarenta dólares em bonecas princesas. E não me arrependo. Semana passada eu fiz meu namorado comprar um pirulito ridículo das meninas super poderosas pra mim. O troço piscava. E ontem mesmo eu tava no supermercado com ele e vi um outro pirulito da Sininho, bem lindo. Ele me levou embora antes que eu tivesse tempo de protestar;

3) Ai, este é terrível. Ainda no supermercado eu dei de cara com um dos maiores pesadelos da moda atual: crocs. Pros desinformados, segue a imagem...


Sim, eu sei. Desastroso. Ridículo. Completamente contra todo o bom senso que já inventaram. Eu jurei que JAMAIS usaria tamanha barbaridade. Para o meu azar, Dionisio resolver provar algumas. E eu, influenciável como sou fui na onda dele. E, meu Deus. MEU DEUS. A sandália idiota é mais confortável do que qualquer um dos meus quinze pares de havaianas originais. Eu não sei descrever. Eu precisava de um espelho naquela hora pra me lembrar o quanto aquelas cores não combinam com o meu tom de pele, ou o quanto eu desprezo o design porco e nada bonito dessas... Crocs. O espelho não veio. Em seu lugar havia um namorado filho duma mãe bradando: "hahaha, achou bom, Gabrielle? Isso eu compro pra você de aniversário no lugar daqueles sapatos schultz. Que acha?"

4) De vez em quando eu me pego pensando: "cara, e se não existisse, tipo assim, nada? E se o mundo não existisse, nem as estrelas... E se não houvesse universo? E se a gente não existir? Eita porra, eu existo?!" Vocês já conseguem imaginar então como eu fiquei quando terminei de ler O Mundo de Sofia, né? Se eu tivesse um pouquinho mais de interesse em filosofia, pode crer, eu seria louca.

Bom, gente, é isso. Esses são alguns dos meus maiores segredos. Claro que em alguns eu exagerei, né? Tipo, Dionisio não desconfiava até ler isso que o sapato que eu queria era da schultz (dicaaaaaaaaa!). E eu também não acredito ser a reencarnação de Kagome.

É sério! Eu não acredito.

Tá?!

Agora chega de escrever porque eu realmente preciso caçar algo na cozinha ou eu morro de fome. Se bem que eu não faço planos de comer tanto. Ontem eu me pesei e estava com 53,5 quilinhos. Se eu continuar nesse ritmo antes do natal eu conseguirei voltar aos tão sonhados 50 quilos *-*

Boa semana pra vocês!



quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Besteirinha de colégio.

Oi, gente! O post de hoje vai ser também um desabafo. Eu engoli muitos sapos esse ano e tenho esperança de que escrever aqui possa surtir algum efeito terapêutico.

Conversando com alguns amigos um dia desses eu resolvi perguntar o que todos eles achavam de mim antes de me conhecer. Resposta padrão: você tem jeito de besta, mimada, chata, patricinha, nojenta, vsf. É isso aí. Eu pareço mesmo ser tudo isso. Julgando-me assim ou não, aparentemente eles gostam de mim e são meus amigos de verdade. Sorte a minha!

São amigos do colégio ainda que eu cultivei aos poucos, alguns apenas no ano passado. Sabe aqueles poucos e bons? São eles. Se tem alguma resenha? Acaba que só a gente vai. É um processo natural que a gente nem percebe que acontece: aqueles que tem mais afinidade, que se gostam mais, acabam se unindo mesmo depois que os tempos de colégio se vão. E que tempos!

É engraçado como eu vejo certas coisas dessa época de uma forma diferente agora. Eu poderia ter ligado menos, me estressado menos, me imposto mais. Todos me julgam de uma forma completamente diferente da qual eu me vejo. Erram feio com relação as minhas atitudes, as minhas ações. Não sabem um milésimo do que eu já passei na minha vida, nem fazem a menor idéia do quanto eu cresci e aprendi. Eu tenho certeza que eu dou de capota em questão de maturidade em várias pessoas que terminaram o colégio comigo. Coitados. Não tem noção desse fato e se continuarem a agir como alunos do ensino médio vão levar muita porrada na cara. A própria vivência vai ensiná-los.

Não estou aqui com o objetivo de dizer que sou a dona da verdade. Que somente eu estou preparada para lidar com a vida. Mentira. Tem muita coisa que eu não sei, afinal, eu sou mimada. Mas tem muita coisa que eu sei também. E só quem me conhece entende isso.

O fato que me estimulou a escrever esse post foi um comentário que eu não soube que havia se espalhado no meu colégio. No dia de uma aula ao ar livre - que consistia em percorrer os principais pontos da cidade - eu acabei faltando. Minha saúde é frágil, qualquer um que acompanhou meu drama com a nutricionista louca sabe disso! Enfim, acordei passando mal e quando eu passo mal não adianta. Prefiro não ir do que ter que colocar os bofes pra fora em pleno ônibus em movimento ou pior: andando nesse sol escaldante de Natal. Argh. Pois é não fui porque passei mal. Enquanto eu descansava na minha caminha - inocente, meu Deus - o boato que se espalhava era que eu não tinha ido porque meu papai não havia me presenteado com um nike shok (shox, whatever.)

Obviamente, isso faz muito sentido. Se eu não ganho um tênis (porque eu A-DO-RO a maneira como os tênis me tornam feminina!) da marca tal e do modelo tal minhas pernas se recusam a andar. É um distúrbio, eu sei, eu tenho que cuidar disso. Tsc, tsc. Eu me dei ao trabalho de ligar pra uma amiga e avisar que eu estava doente por nada, já que descobriram a terrível verdade sobre mim!

Eu sou tão interessada em tênis que nem sei escrever o nome do modelo que inventaram ser meu sonho de consumo. Não! Mas eu gosto TANTO de tênis que eu me recusei a comprar um novo durante o ano e fiquei com a sola caindo durante quatro meses. Pensa que eu achei ruim? Amei aperriar Amada com meus quinze pares de havaianas diferentes.

Não vou ser hipócrita com vocês não. Eu já deixei de ir pra um lugar porque não tinha roupa. E quem aqui nunca deixou? Ou teve vontade de deixar? Mas se eu fosse realmente ser como quem inventou isso espera que eu seja, eu já estaria ganhando dinheiro como striper patrocinada pela Nike. A única peça que eu não tiraria seriam os tênis, logicamente - sem eles eu não ando!

Fiquei abismada com esse comentário, mas satisfeita porque as pessoas em quem eu confiava nem se deram ao trabalho de comentar isso comigo de tão idiota que foi. A convivência em um colégio é imposta e isso pode juntar pessoas ou não. O alívio é saber que quando você faz dezoito aninhos já - muito provavelmente - saiu daquele ambiente. E melhor: aprende a escolher com quem você quer realmente manter contato.

Tudo o que eu passei lá foi bom ou ao menos válido como experiência de vida. E eu agradeço até hoje por ter feito parte da família Neves. Aquela mesma com uns emos aqui, uns viados ali, umas putas acolá... Qual a família que se dá inteiramente bem com todos os membros, não é? Faz parte!

Ah, e por sinal, eu estou muito feliz com a torcida de vocês pelo meu vestibular. Graças a Deus o resultado foi melhor do que o que eu esperava. Torçam mais um pouco que eu acabo chegando lá!

Beijinhos! :*

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Acordei meio crítica.

Olá, pessoas! Em primeiríssimo lugar eu quero deixar claro que esse post não é direcionado a ninguém em específico. Bom, talvez seja, morra tentando descobrir. O que importa é que isso não tem nada a ver com a minha amiga linda e futura celebridade Paula Laurentino que completa 19 (!) aninhos hoje. Apesar dela sempre insistir que é de lua, nunca a vi se comportando da maneira como vou citar aqui.

Viu, Paula, sua linda? Eu te amo, tá? :)

Pois esse é o assunto do post. Pessoas que num dia estão e no outro não. Pessoas que você pensa conhecer, mas que na verdade não sabe prever nem ao menos uma de suas reações. Pessoas para as quais eu não consigo atribuir características específicas de personalidade porque adivinha...? Elas mudam a uma velocidade incrível.

Já tive experiências com pessoas assim. Duas, pra ser mais exata. Uma delas eu não via com frequência, nem falava na verdade. Mas sabe como é. Amizades em comum e etc. Acabamos por nos tornar conhecidas. De vez em quando rolava um "oi" e até aí tudo bem. Mas quando a roda era a mesma a coisa era um completo desastre. Eu sempre fui do tipo de garota que não sabe brigar, que não sabe dar fora nos outros. Eu não sou maldosa, nem pretendo ser. Infelizmente essa colega tinha o costume de ser maldosa. Às vezes. Nossos diálogos poderiam ser simplesmente agradáveis ou caminhar para um final trágico. Pelo menos para mim. Sempre levando patadas. Oras, mas tem uma hora que cansa né? E a partir daí a coisa partiu pra hostilidade total.

Eu paro aqui antes de ir para o segundo exemplo só pra esclarecer que eu entendo que as pessoas tenham dias ruins. Entendo e acho normal. Ninguém é obrigado a sorrir o tempo todo que nem vaquinha de presépio (como diria uma amiga minha). Mas existe uma tênue diferença entre uma crise de mau humor e esse comportamento esquisito das pessoas "de lua". Não é necessário destratar alguém pra dizer que você não está legal pra conversar naquele dia. Um simples: "desculpe, tô chateada hoje, descontando em todo mundo. Se afaste."

Olha que bonito. Olha que educado. Aprendam.

A imbecil aqui ainda foi enrolada outra vez. A situação era a mesma. Conhecia a pessoa, mas só de vista. Até que dividimos um período de aulas semanais durante esse ano. Começamos a nos falar e no início parecia ser uma boa amizade. Depois da terceira semana recebi o primeiro fora. Apesar de odiar falta de educação, fiquei na minha. Fiquei na minha o ano todo. Esperando que a mesma pessoa que me ajudou com um problema ontem pudesse ser capaz de sorrir pra mim hoje.

Chegou a esse ponto. De um dia eu estar sendo consolada pela pessoa e no outro ela me olhar como se eu fosse alguém insuportável. E sim, eu prestei atenção. Era comigo.

Quer saber? Eu não sou obrigada a aguentar uma pessoa desse jeito. Aturo mau humor de amiga sim, aturo muita coisa. Se tem algo que eu sou é compreensiva. Mas eu tenho meu limite. Sou meio lesa, mas não sou uma total imbecil. Tenho amigas lindas de todos os jeitos e formas pra dar, vender e exportar. Não preciso forçar uma relação com alguém que parece não se importar com o que eu sinto. Porque as vezes parecia que eu era uma "introsada" na vida dessa pessoa. Como se nós não trocássemos bilhetinhos durante a aula. Como se um dia desses ela não tivesse demonstrado preocupação com o porquê de eu ter faltado a aula. Poxa, se age assim, permaneça assim. Faz sentido ser frio(a) com uma pessoa com quem você demonstrou carinho?

Não entendo. E por isso eu tomei a decisão de ser indiferente com essa pessoa. Vou tratá-la educamente, mas de maneira seca e polida. Sem espaço para maiores aproximações e, consequentemente, para brincadeiras de mau gosto. Ainda vamos ter um contato de leve, eu acho. Mas não por muito tempo, aposto. Meu grupo de amigos pós-colégio já está bem definido, obrigada ;)

Ai, desabafei, aaushaushauhsh. Me desejem sorte porque amanhã sai o resultado da primeira fase do vestibular. Espero passar entre os 80 primeiros, pelo menos.

Beijos pra todos vocês!