quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Besteirinha de colégio.

Oi, gente! O post de hoje vai ser também um desabafo. Eu engoli muitos sapos esse ano e tenho esperança de que escrever aqui possa surtir algum efeito terapêutico.

Conversando com alguns amigos um dia desses eu resolvi perguntar o que todos eles achavam de mim antes de me conhecer. Resposta padrão: você tem jeito de besta, mimada, chata, patricinha, nojenta, vsf. É isso aí. Eu pareço mesmo ser tudo isso. Julgando-me assim ou não, aparentemente eles gostam de mim e são meus amigos de verdade. Sorte a minha!

São amigos do colégio ainda que eu cultivei aos poucos, alguns apenas no ano passado. Sabe aqueles poucos e bons? São eles. Se tem alguma resenha? Acaba que só a gente vai. É um processo natural que a gente nem percebe que acontece: aqueles que tem mais afinidade, que se gostam mais, acabam se unindo mesmo depois que os tempos de colégio se vão. E que tempos!

É engraçado como eu vejo certas coisas dessa época de uma forma diferente agora. Eu poderia ter ligado menos, me estressado menos, me imposto mais. Todos me julgam de uma forma completamente diferente da qual eu me vejo. Erram feio com relação as minhas atitudes, as minhas ações. Não sabem um milésimo do que eu já passei na minha vida, nem fazem a menor idéia do quanto eu cresci e aprendi. Eu tenho certeza que eu dou de capota em questão de maturidade em várias pessoas que terminaram o colégio comigo. Coitados. Não tem noção desse fato e se continuarem a agir como alunos do ensino médio vão levar muita porrada na cara. A própria vivência vai ensiná-los.

Não estou aqui com o objetivo de dizer que sou a dona da verdade. Que somente eu estou preparada para lidar com a vida. Mentira. Tem muita coisa que eu não sei, afinal, eu sou mimada. Mas tem muita coisa que eu sei também. E só quem me conhece entende isso.

O fato que me estimulou a escrever esse post foi um comentário que eu não soube que havia se espalhado no meu colégio. No dia de uma aula ao ar livre - que consistia em percorrer os principais pontos da cidade - eu acabei faltando. Minha saúde é frágil, qualquer um que acompanhou meu drama com a nutricionista louca sabe disso! Enfim, acordei passando mal e quando eu passo mal não adianta. Prefiro não ir do que ter que colocar os bofes pra fora em pleno ônibus em movimento ou pior: andando nesse sol escaldante de Natal. Argh. Pois é não fui porque passei mal. Enquanto eu descansava na minha caminha - inocente, meu Deus - o boato que se espalhava era que eu não tinha ido porque meu papai não havia me presenteado com um nike shok (shox, whatever.)

Obviamente, isso faz muito sentido. Se eu não ganho um tênis (porque eu A-DO-RO a maneira como os tênis me tornam feminina!) da marca tal e do modelo tal minhas pernas se recusam a andar. É um distúrbio, eu sei, eu tenho que cuidar disso. Tsc, tsc. Eu me dei ao trabalho de ligar pra uma amiga e avisar que eu estava doente por nada, já que descobriram a terrível verdade sobre mim!

Eu sou tão interessada em tênis que nem sei escrever o nome do modelo que inventaram ser meu sonho de consumo. Não! Mas eu gosto TANTO de tênis que eu me recusei a comprar um novo durante o ano e fiquei com a sola caindo durante quatro meses. Pensa que eu achei ruim? Amei aperriar Amada com meus quinze pares de havaianas diferentes.

Não vou ser hipócrita com vocês não. Eu já deixei de ir pra um lugar porque não tinha roupa. E quem aqui nunca deixou? Ou teve vontade de deixar? Mas se eu fosse realmente ser como quem inventou isso espera que eu seja, eu já estaria ganhando dinheiro como striper patrocinada pela Nike. A única peça que eu não tiraria seriam os tênis, logicamente - sem eles eu não ando!

Fiquei abismada com esse comentário, mas satisfeita porque as pessoas em quem eu confiava nem se deram ao trabalho de comentar isso comigo de tão idiota que foi. A convivência em um colégio é imposta e isso pode juntar pessoas ou não. O alívio é saber que quando você faz dezoito aninhos já - muito provavelmente - saiu daquele ambiente. E melhor: aprende a escolher com quem você quer realmente manter contato.

Tudo o que eu passei lá foi bom ou ao menos válido como experiência de vida. E eu agradeço até hoje por ter feito parte da família Neves. Aquela mesma com uns emos aqui, uns viados ali, umas putas acolá... Qual a família que se dá inteiramente bem com todos os membros, não é? Faz parte!

Ah, e por sinal, eu estou muito feliz com a torcida de vocês pelo meu vestibular. Graças a Deus o resultado foi melhor do que o que eu esperava. Torçam mais um pouco que eu acabo chegando lá!

Beijinhos! :*

5 comentários:

Unknown disse...

"Mas se eu fosse realmente ser como quem inventou isso espera que eu seja, eu já estaria ganhando dinheiro como striper patrocinada pela Nike. A única peça que eu não tiraria seriam os tênis, logicamente - sem eles eu não ando!"

Melhor parte do texto aksnkasj

Bom, muito bom (Y)

Unknown disse...

E sim, você é madura. Eu heim, pessoas cegas.

(Se eu não comentar isso você vai me matar depois, né? Namoradinha toda madura, já caiu da árvore e tudo)

Barbara Marques disse...

1 - Melhor não falar em strip e fomentar o recente boato (Gabi quer ser striper, porque ama Dita Von Teese)

2 - Gabi me liga:
- Meu amor, eu não posso sair.
- Por que?
- Eu não tenho roupa.
- Você não tá em casa não?
- To, mas eu não tenho roupa.

=*

Gabrielle ;) disse...

Em minha defesa eu digo que assaltei o guarda-roupa da mamãe e fui!

SOU PERIGOSA, AUSHAUSHUAHUS

Paula Laurentino disse...

"Aquela mesma com uns emos aqui, uns viados ali, umas putas acolá..."

Né? Hahaha

Oun, queridinha... Você encucou com essa história, foi? Fique fria, que quem quer que tenha dito essa besteira foi porque não tinha o que fazer. Tem gente que se diverte às custas dos outros, querendo dar conta da vida de todo mundo. É triste, é infeliz.

Mas imagine se a gente fosse ligar pra tudo que os outros dizem, né? :)
Not worth it! o/