segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Triplamente educados e vingados.



Gabrielle B. diz
Eu gostaria de começar dizendo que eu odeio senso comum, galera: todo baiano é preguiçoso (absurdo, né, Lívia?), todo café tem que vir com água gaseificada... E como as pessoas são chatas quando não aceitam que essas idéias nem sempre vão ser verdade em qualquer lugar.
Barbara M diz
E mais do que saber que as coisas não são iguais em todos os lugares, há de ser aceito que o novo tem seu charme. Que a patricinha pode ser inteligente e o café puro, sem água... Só café, pode ser muito bom.
Gabrielle B. diz
Eu sou uma patricinha inteligente. CHEGA DE PRECONCEITO (sou EU dizendo isso a VOCÊS?)
Barbara M diz
Acho melhor não falar de preconceito, não somos politicamente corretos.
Dionisio diz
Logo quem. A atitude dele foi marcada nem muito pelo preconceito, acho, mais pela falta de educação. A pessoa vive uma situação diferente, aí vai e destrata porque não aceitou essa diferença? Ela tem que se adaptar, oras!
Gabrielle B. diz
Quando a gente viaja pro Afeganistão tem que usar aquele bagulho na cabeça não tem?
Dionisio diz
Burca.
Gabrielle B. diz
Às vezes não precisa de burca, só um bagulho no cabelo.
Dionisio diz
Véu.
Gabrielle B. diz
O que é que POMBAS custa aceitar tomar um café sem água gaseificada?
Barbara M diz
Vocês devem estar se perguntando o que café tem a ver com tudo isso...
Dionisio diz
Depois de mais um almoço de sucesso, com muitas massas...
Gabrielle B. diz
É, gente, EU COMI MASSA, DANE-SE A NUTRICIONISTA.
Barbara M diz
E dane-se minha mãe que me colocou de dieta.
Dionisio diz
Eu sempre posso comer massa, devo nada a ninguém.
Gabrielle B. diz
Exatamente, fui muito feliz comendo massa e só pra que vocês saibam, eu IA comer salada só que tava faltando e eu fui obrigada a ir ao spoleto. Foi coisa de Deus, Ele queria que eu comesse massa hoje e chocolate quente e bombom nhá benta da kopenhagem.
Barbara M diz
Como Gabi disse, claro que tomamos o nosso amado e tradicional chocolate-pós-massa. Adoramos o café Orfeu.
Gabrielle B. diz
Adoramos aquele café!
Barbara M diz
O lugar, o chocolate, o café...
Dionisio diz
Hoje eu variei e pedi um cappuccino tentação, recomendo ;D
Barbara M diz
E as atendentes: simpáticas, educadas e já nos conhecem.
Dionisio diz
É, principalmente as atendentes.
Gabrielle B. diz
As atendentes lindas. Não faça mal a nenhuma delas se não quiser uma água com gás.
Barbara M diz
E enquanto tomávamos nosso chocolate e cappuccino tentação, muito atentos que somos, percebemos a chegada de um tipo um tanto quanto desprezível, a meu ver: mal vestido, estilo zero.
Gabrielle B. diz
É, estilo zero.
Barbara M diz
Aquilo era uma pochete que ele usava?
Gabrielle B. diz
Ele tava de pochete? Nãããããããããão.
Dionisio diz
Sério, pode fazer o que quiser, combinar verde limão com amarelo sol, mas NÃO use pochete.
Gabrielle B. diz
Viram? Até um homem sabe disso.
Barbara M diz
Não que seja um homem qualquer, é nosso Deus do estilo e bom gosto, mas até os homens menos desprovidos de... Noção, já sabem.
Gabrielle B. diz
Antes uma mochila enorme do que uma pochete.
Dionisio diz
Minha mochila enorme é charme.
Barbara M diz
Fato!
Barbara M diz
Esse tipinho tava acompanhado por uma mulher, pobre mulher... Ninguém merece conviver com um troglodita. Ela era visivelmente dominada, não abriu a boca o tempo todo.
Gabrielle B. diz
É verdade, coitada. Passando vergonha por conta dele.
Dionisio diz
Ele fazia o tipo que fala alto e afins...
Gabrielle B. diz
Falar alto, AI.
Barbara M diz
Des-pre-zí-vel. Depois reclamam quando fuzilo um cidadão desses com meu olhar de superioridade.
Gabrielle B. diz
Gente ele pediu um café. Não ouvi o tipo, mas pediu. Até aí tava tudo bem fora o que já listamos acima. Quando chega o café ele começa a se desesperar “Cadê a água com gás?” E eu: wtf? No c* de quem? Beleza, de repente ele SUPER ignorante: "Quer dizer que NATAL (voz de desprezo) é o único lugar que não tem água com gás junto do café?" A moça fez cara de Jesus-me-acode e foi embora. Tadinha... NUNCA DESTRATE UMA ATENDENDE!
Dionisio diz
E a atendente toda errada, sem saber o que falar
Barbara M diz
Se você é um turista não pode se comportar assim na cidade dos outros. Cadê a etiqueta gente? A educação? O bom senso?
Dionisio diz
O pouco de civilização que ainda há nas pessoas?
Barbara M diz
Naquele sujeito não havia resquício de civilização. A atendente com o olhar cabisbaixo me fez ter uma certeza, nós PRECISÁVAMOS vingar ela.
Dionisio diz
Daí surgiu uma ótima idéia da mente vingativa de Barb.
Barbara M diz
Pagamos nossa conta e quando estávamos saindo, Eu, a pessoa que tem as idéias brilhantes (prontamente apoiadas pelos meus amigos lindos), disse para Gabi que devíamos vingar a atendente. O plano era simples... Comprar uma água com gás e mandar a mesma atendente que havia sido mal tratada servi-la ao nosso gentleman.
Gabrielle B. diz
Eu, a pessoa que puxa as outras, conduzi a execução do plano COM GÁS.
Dionisio diz
Encontramos a atendente que havia sido destratada.
Barbara M diz
A princípio uma das meninas ficou com medo e, um pouco nervosa, não parava de rir. Logo, todas estavam prestando atenção nos três jovens decididos a fazer justiça e observaram, atentas, os nossos passos. Entregamos a água e os copos para a injustiçada e pedimos para ela entregar a água ao rapaz. Ela nos olhou radiante... Explicamos que ela deveria também transmitir uma mensagem nossa.
Gabrielle B. diz
“Em natal não se serve água junto ao café, mas as pessoas são educadas o suficiente para lhe oferecer”.
Dionisio diz
Ela não disse, ouvi falar "Compraram uma água para o senhor". E ele "NÃO! Não precisa!", provavelmente notando a besteira que havia feito. Imagina você estar num local e incomodar ao ponto das pessoas comprarem coisas pra você? Ele não quis, mas ela falou "É, mas mandaram servir esta água nesta mesa, por pedido de outro cliente". E pronto, ela botou a água e os copos.
Barbara M diz
Todo mundo olhando para eles, as atendentes pararam, vibravam, os clientes se perguntavam o que havia ocorrido. Um casal atencioso nos olhou e soltou um risinho leve como quem diz: a juventude ainda tem jeito. Era um senhor que sentou ao lado deles, lugar onde antes estávamos. O homem, um velhinho já, meio gordo e com um olhar simpático viu tudo.
Gabrielle B. diz
E é isso aí galera que sirva de lição pra todo mundo...
Barbara M diz
Tratem bem as atendentes. Educação e respeito sempre, principalmente se um de nós estiver por perto. Rá!
Gabrielle B. diz
É, somos do mal.
Barbara M diz
Ahh, precisa dizer que seremos bem tratados pelo resto da vida lá? Não né?

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